sábado, 28 de novembro de 2009

El derecho a La ternura.

O autor: Luis Carlos Restrepo nasceu em 1954, em Finlândia, município do departamento do Quindío, Colômbia. Foi professor em diversas universidades do país. Atualmente trabalha como assessor de várias instituições acadêmicas e científicas. Publicou sua primeira obra La trampa de La razón, em 1989, pela Arango Editores. Seu segundo livro, Libertad y locura, já conhecido na Universidade Nacional de Colômbia, será reeditado em breve também pela Arango Editores, que publicou também este livro El derecho a La ternura, que Vozes traduziu.

Assuntos abordados: Psicologia, Afetividade, Relações Interpessoais, Analfabetismo afetivo, Cognição Afetiva, Cérebro Social, Vida de casal.

O livro Direito à ternura do psiquiatra Luis Carlos Restrepo, trata-se de uma reflexão que aborda a consideração dos sentimentos suscitados pelas relações entre os seres humanos.

Fala-se de todos os direitos que podem figurar como reivindicações sociais de transparência inquestionável. Mas parece suspeito e até ridículo falar dos direitos da vida cotidiana, a esta categoria de direitos domésticos, o direito à ternura.

Em honra do rigor científico, a ternura tem sido excluída dos discursos acadêmicos.

O tema da afetividade é uma magnífica porta de entrada para começar uma reflexão sobre maus-tratos e a intolerância que se propagam, de maneira sutil, no mundo contemporâneo. O que nos caracteriza e nos diferencia da inteligência artificial é a capacidade de emocionar-nos, de reconstruir o mundo e o conhecimento a partir dos laços afetivos que nos impactam.

Somos todos afetivamente analfabetos. Herdeiros de Alexandre e Abraão continuamos destruindo a possibilidade da ternura para ver realizado nossas ambições.

Esses questionamentos são abordados no decorrer do livro. Tudo bem que o autor não esteja errado. Mas até onde a ternura é resultante da ética? Um ser humano pode ser ético e não ser terno, terno e não ético. Faltam sim, sentimentos, união e principalmente respeito um com o outro. Fator indispensável para que a sociedade tenha um convívio melhor.

Esse jogo de dualidade entre os seres, é que fazem deles pessoas vazias. Na universidade isso é nítido. Somos concorrentes, e a maioria, sem ser hipócrita claro, quer triunfar, sobressair. Esquecendo que unidos, podem alcançar coisas ainda maiores. Mas de quem é a culpa? Do banco acadêmico, que trata seus aprendizes, como seres sem luz? Também chamado de alunos. Ou a culpa é dos alunos, que na maioria, vão pra cumprir horário e esquecem que dali saíra sua formação.

Entender o ensino como uma formação da sensibilidade dá ao pedagogo o perfil de um esteta social, provocando o gesto a partir da linguagem com o propósito de favorecer a emergência de sensibilidades e afeições.

A obra é dirigida ao público acadêmico, tem uma leitura complicada e o dicionário é fundamental para quem deseja entender. Vários assuntos, que abordam uma única temática, ternura.

A ternura tem que ser vista como um direito, porém tudo o que é regra, não se cumpre. A ternura é algo que brota da essência, não importando se isso é imposto ou de direito. Para o autor a ternura é fundamental para que a humanidade tenha uma situação melhor. Mas onde se ensina ternura, de fato. Isso ele esqueceu de mencionar. Se as pessoas enxergam esse ato terno com preconceito, principalmente entre homens, a culpa não é das leis, dos bancos escolares. A culpa está dentro de cada ser, que limita sua visão, fazendo de coisas importantes, banais.

Para concluir uso as palavras do autor. “A ternura só é reconhecida como parte do amor maternal ou na relação da criança com seu ursinho de pelúcia”. Os homens confundem ternura com prazer, preferem ordenar um autêntico combate ao invés de uma convivência afetiva.

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